Empreendimento

Produtor de uvas abre sua propriedade ao turismo rural

Fruticultor da Cascata, em Pelotas, viu na hospedagem uma alternativa de renda durante a pandemia

Fotos: Jô Folha - DP - Com ares de serra e uma vista deslumbrante, local é ideal para fugir do agito da cidade

A ideia surgiu na pandemia: disponibilizar acomodações existentes na propriedade a visitantes que queriam fugir da agitação das cidades. E deu tão certo que virou empreendimento. Assim nasceu a Casinha Alto do Morro, localizada na Serra dos Tapes, na Cascata, em Pelotas, dedicada à hospedagem e turismo rural.

As duas primeiras hospedagens foram feitas via Airbnb, mas o que impulsiona a visitação são as vivências e experiências dos hóspedes, que acabam indicando para amigos e familiares. “A procura é grande, no mês de junho temos apenas um final de semana disponível”, diz o proprietário Luciano Nardello Perboni. Outro canal são as redes sociais como o Instagram (@casinha.altodomorro) e também o WhatsApp (53) 98145-1340. Outra época de grande demanda é durante as férias de julho.

A pequena propriedade se dedica à produção de uvas de mesa da variedade Niágara Rosa. Em área de um hectare, estão implantadas duas mil videiras, com potencial para produzir de 35 a 40 mil quilos de uvas. Com produção frustrada no último ano por causa da estiagem, o produtor planeja implantar até o final deste ano sistema de irrigação e colher, já na próxima safra, em torno de 15 mil quilos. A atividade começou há seis anos, quando Perboni voltou para a colônia depois de trabalhar 24 anos com carteira assinada na cidade. “Plantei tomates cereja, abóbora, milho e então resolvi seguir a tradição familiar e me dedicar às uvas”, conta.

E o parreiral, além de carro-chefe da propriedade, as Vinhas Luciano Perboni devem virar mais um elemento de contemplação para o turismo rural. Aproveitando o relevo de serra, o projeto é construir uma casa temática, no alto, em que as parreiras possam ser vistas de cima e os aromas das uvas maduras que se espalham pelo ar sejam apreciados pelos visitantes. Outra ideia é lançar o “colha e pague”, uma experiência que já é oferecida em algumas propriedades na região da Serra. Hoje a capacidade é para atender um casal ou família por vez, já que há apenas um prédio no local. “Futuramente, quero construir outras acomodações para receber mais pessoas”, diz.

O local é ideal para quem busca descansar, pois além de casa aconchegante, com quarto, sala, cozinha, lareira no inverno, no entorno há ainda local para fogueira, horta com verduras e temperos, criação de ovelhas, galinhas, cavalos, pomar de frutíferas e a possibilidade de realizar uma pequena trilha no mato, além de local para banho, pela proximidade do arroio dos Kaster. Da sacada dá para contemplar o pôr do sol. “São atrativos simples, mas que não perdem em nada para a Serra Gaúcha”, salienta. Como boas vindas aos visitantes, o proprietário oferece um café da manhã, com pão de casa, geleia e suco de uva, produzidos na propriedade. O item mais famoso é o pão feito por sua mãe, Helena Nardello. Localizada a 1,5 quilômetro da BR-392, a entrada fica após o quilômetro 92, passando a ponte dos Kaster, em direção a Canguçu.

A ideia do empreendimento surgiu na pandemia

​Doces Caminhos Rurais
Integrante da diretoria do Grupo Associativo dos Empreendimentos do Turismo Rural (Gassetur), Perboni salienta que de todos os tipos de turismo existentes hoje no País (gastronômico, hospedagem, aventura, religioso, contemplação entre outros), a região da Serra dos Tapes, com empreendimentos em Pelotas, Capão do Leão, Arroio do Padre e Morro Redondo, oferece todas as opções. Por isso, durante a Fenadoce será lançado o projeto Doces Caminhos Rurais, um relançamento do Pelotas Colonial, com pelo menos 50 empreendimentos, entre eles, 26 associados ao Gassetur. “Nosso turismo rural não é mais um potencial turístico, mas um roteiro com experiências, vivências, cores e sabores, pronto para receber os turistas de todas as regiões”.​

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